sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O Monge e o Escorpião



     Um monge e seus discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. O monge correu pela margem do rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para fora do rio o escorpião o picou. Devido à dor, o monje deixou-o cair novamente no rio. Foi então à margem, pegou um ramo de árvore, voltou outra vez a correr pela margem, entrou no rio, resgatou o escorpião e o salvou. Em seguida, juntou-se aos seus discípulos na estrada. Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos e penalizados.
     — Mestre, o Senhor deve estar muito doente! Por que foi salvar esse bicho ruim e venenoso? Que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda: picou a mão que o salvava! Não merecia sua compaixão!
     O monge ouviu tranqüilamente os comentários e respondeu: — Ele agiu conforme sua natureza e eu de acordo com a minha.
Agora é com  você:
Qual é a sua natureza? Você é um escorpião que pica quem se aproxima de você mesmo para salvar lhe a vida, ou você e um monge
que não importa quem está em perigo, esta sempre disposto a ajudar. Cada pessoa tem a sua natureza, o seu jeito de enfrentar a vida. Todos nós somos dotados das mesmas condições de entender,de aceitar, de ouvir e de falar tudo o que sentimos e pensamos. Cabe a você buscar em você palavras boas, pensamentos bons e atitudes sadias com o outro. Tudo o que fazemos volta pra nós, seja coisas ruins ou coisas boas. Pense, reflita o que tem retornado para você, quais ações tem tido para com o outro e  seja feliz.





domingo, 21 de agosto de 2011

As Cem Linguagens da Criança - Programa Emerson Santos Rádio Cumbica 1500 KHZ


 Poema de Loris  Malaguzzi na voz de Alice Beliato ( 7 anos)


Link para ouvir e baixar:
http://www.4shared.com/audio/3GDDMoUE/As_Cem_Linguagens_da_Criana.html?

A criança é feita de cem.
A criança tem cem mãos,
cem pensamentos,
cem modos de pensar,
de jogar e de falar.
Cem, sempre cem modos de escutar as maravilhas de amar.
Cem alegrias para cantar e compreender.
Cem mundos para descobrir.
Cem mundos para inventar.
Cem mundos para sonhar.
A criança tem cem linguagens
(e depois, cem, cem, cem),

Mas roubaram-lhe noventa e nove.
A escola e a cultura separam-lhe a cabeça do corpo.
Dizem-lhe: de pensar sem as mãos,
de fazer sem a cabeça,
de escutar e de não falar,
de compreender sem alegrias,
de amar e maravilhar-se
só na Páscoa e no Natal.
Dizem-lhe: de descobrir o mundo que já existe
e de cem, roubaram-lhe noventa e nove.
Dizem-lhe: que o jogo e o trabalho,
a realidade e a fantasia,
a ciência e a imaginação,
o céu e a terra,
a razão e o sonho,
são coisas que não estão juntas.
Dizem-lhe: que as cem não existem.
A criança diz: ao contrário, as cem existem.


Agora é com você!
Já  observou crianças brincando? Elas não se importam se claro ou escuro, se está frio ou calor. A criança simplesmente vive aquele momento com toda dedicação, se entrega a emoção daquele momento. Não importa se mais tarde terá que guardar todos os brinquedos, com todo cuidado monta o cenário de sua brincadeira mesmo que esta dure alguns minutos. Que tal viver como criança, se dedique ao seu sonho não importa se durará alguns instantes, sonhe, brinque, não deixe que a razão faça os dias virarem um martírio, entregue se ao riso e a alegria, assim como as crianças, em cada local, em cada momento, veja a oportunidade de uma brincadeira, de diversão, de uma alegria, se deixe levar por sentimentos bons, ouça o seu coração mais vezes, deixe as lamurias para traz e seja feliz.



domingo, 14 de agosto de 2011

Barnabé

Link para ouvir ou baixar o programa:


Texto adaptado do livro de Eva Furnari "Lolo Barnabé"

Barnabé era um homem tranquilo e muito inteligente, morava numa caverna distante com sua esposa senhora Barnabé e seu filho pequeno. Barnabé caçava e sua esposa assava na fogueira sua caça, passavam horas a beira da fogueira conversando e esperando a jantar ficar pronto. Barnabé a esposa e o filho viviam muito felizes.
Mas nem tanto, Barnabé ficava pensando como poderia fazer o jantar ficar pronto mais rápido, como fazer a sua esposa trabalhar menos para preparar o jantar. De tanto pensar Barnabé teve uma grande ideia, inventou o fogão. E foi aquela alegria, a comida era feita mais rápido, ficava muito saborosa e todos ficaram muito felizes!
Mas nem tanto, Barnabé achou que aquela comida saborosa não podia ser comida no chão e inventou a mesa e as cadeiras, adorou tanto a invenção que passou horas sentado, todos estavam muito felizes!
Mas nem tanto, se não podiam comer no chão, por que dormir no chão. Então Barnabé inventou a cama, macia e confortável e todos ficaram muito felizes!
Mas nem tanto, a senhora Barnabé achou que todas aquelas coisas novas não combinavam com aquela caverna feia e escura, assim foram procurar outro lugar para morar, logo encontraram um lugar bonito e ensolarado, Barnabé construiu uma linda casa com muitos cômodos, também inventou a tinta amarela pois sabia a esposa adorava amarelo. Todos ficaram muitos felizes!
Mas nem tanto, as roupas de pele que usavam pinicavam e também não combinavam com a casa nova, então o casal passaram dias inventando roupas bonitas e confortáveis. Agora a família Barnabé era sofisticada e bem vestida e todos ficaram felizes!
Mas nem tanto, a senhora Barnabé passava o dia limpando e arrumando a, afinal uma casa tão bonita não podia ficar desarrumada. chegou até a brigar com o senhor Barnabé pela bagunça que ele deixa pela casa ao fazer suas invenções. O senhor Barnabé decidiu inventar a oficina assim não mais incomodaria a esposa e passava o dia todo lá trabalhando e inventando todo tipo de aparelho para melhorar a vida de sua família, quase não mais via sua esposa e seu filho que reclamava de saudade do pai e chorava querendo atenção da mãe. 
A família Barnabé possuía todo tipo de  aparelho eletro eletrônico: batedeira de bolo, espremedor de furtas, enceradeira, forno de microondas, rádio, televisão, barbeador, elétrico, secador de cabelos, chuveiro elétrico, até um carro.
Até que um dia a energia elétrica acabou. todos se olharam sem saber o que fazer, pois tudo que possuíam era elétrico. O senhor Barnabé já indo para oficina inventar o gerador quando sua esposa o impediu. Todos foram para o quintal, acenderam uma fogueira e colocaram a comida para assar e ficaram sentados ao redor do fogo, o Barnabé se aninhou no colo da mãe, o senhor e a senhora Barnabé começaram a conversar, toda a família estavam ali juntoa como  a muito tempo não faziam e lembraram de como eram felizes.

Agora é com você!

O que te faz feliz? Uma roupa nova, comprar coisas que só usará uma vez, uma carro novo? O que te faz feliz e por quanto tempo? Um mês, uma semana, um dia, algumas horas, até fatura do cartão chegar, até o próximo desejo? Agora reflita o que te faria feliz por toda a sua vida? O que te impede de ser feliz sempre?
A dor pode ser inevitável, mas o sofrimento é opcional. Ser feliz faz parte das suas escolhas. Levante a cabeça, respire fundo, olhe para o céu, sinta a energia do sol e seja feliz. 

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